Caatinga

Um pedacinho de uma lembrança. Esta foto transporta meus pensamentos para um tempo perdido. Perdida estou. Onde estou? Sabia que estou fora de onde nasci.Viver assim é viver fora de si.

A casa de um tempo passado de passagem por este tempo .

Seu interior, esta ligado ao passado por meio de antigos objetos. Ha muito segredos embutidos naqueles moveis. Cadeiras colocadas na mesa, fazia a cena ficar harmoniosamente arrumada. Os pratos que mais parecem quadro de artes talhadas em porcelana, cercados por talhares com figuras finamente talhadas em bronze cobria toda a extensão do tampo.De fato a mesa estava impecavelmente arrumada, parecia a espera das pessoas que um dia a usou.Senti que no quarto havia as sombras do passado ali em volta da cama de casal, trabalhada em madeira pura, de longa cabeceira trazendo na madeira figuras fortes, linhas cheias de curvas por onde meus pensamentos se perderam por estreitas veredas. Percorri incansavelmente estas veredas a procura de uma pista que me levasse ao passado de onde a cama estava, porque a cama em si parece estar neste tempo, mas na verdade ela pertencia a outro tempo que jamais nos pertencerá.

Siga por ali

O Ruben esta lindo nesta foto fora do previsto. Ele estava indicando o lugar melhor para nos seguirmos la no horto. Sob fortes chuvas, as vias do horto estavam barrentas. Para onde ele esta apontando era um local livre do barro.

Natureza é meu plano de vida.

Primeiro estar o bom viver. E o bom viver é viver sob a natureza, a preservando, a respeitando . Não passar esta importância vital da natureza em nossas vida, é sem duvida uma das razões da natureza estar enfurecida nos tempos de chuva,e de calor. Épocas antes tão comum, agora viraram pesadelos para muitos.

Pássaro da Praça

POUSA LÁ,
POUSA CA.
É O PÁSSARO DA PRAÇA,
QUE VIVE A CANTAR.

A CHUVA FINA QUE NÃO PARA DE CAIR.
E,
O PÁSSARO DA PRAÇA NÃO QUER SAIR.


VEM A BOLA LIGEREIRA NO TRONCO DA ÁRVORE BATER.

O PÁSSARO DA PRAÇA NÃO VER.

PASSA CARRO PARA VALER.

O PÁSSARO DA PRAÇA ASSOBIA PARA ELE NÃO CORRER.

TEM GENTE QUE,

ASSIM COMO O PÁSSARO DA PRAÇA,

VIVE A CANTAR,
QUANDO NA PRAÇA VEM CAMINHAR.

FORA LIXO,

FORA LIXO,

FORA LIXO,

QUE ASSIM O PÁSSARO DA PRAÇA,

VAI,

VAI,

VAI,










SAIR.




FRANCIS.

A Dama e o Sonhador

Ele sonhava que tudo era verdadeiro.
O brilho das estrelas; o céu azul.
O vermelho do sangue que corre na veia.
Ela surgiu sob a aura de outros tempos.
Tornou-se viva,
Ele entregou seu coração.
Ela embalou seu coração junto ao seu.
Houve entregas, canções e flores.
Horizonte de sol se pondo,
Corações embalados no mesmo céu,
Palavras sussurradas molhadas de suor,
É tanto amor,
Quantos gemidos,
Lençol jogado ao chão,
Uma noite é pouca para tanto amor.

Ela sonhava com a lua, ele a tinha nas mãos.
Ela queria o céu a terra o mar, ele simplesmente os possuía.
Sem perceber ela amou, ele era amado.
Um dia ela implorou, era ele o perdão.
Era ela o dia, estava ele querendo a noite.
Ela o possuía, ele era um semideus.

Ele tentou, ela é quem dançou.
Era ele a costela, mas ela que era o menu.
Seria ele o leão, mas ela domadora.
Ele é o feiticeiro, ela é o antídoto.
Ele quer o mundo, ela simplesmente pisa no mundo.

Francis
FRANCIS NASCIVALEN
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A garça e o mar

A Garça e o mar

Um amor que não estava escrito em lugar algum.
A velha garça de penas brancas tenta em vão pescar um peixe na beira do mar.
Tenta uma, duas, três... Dez vezes e o peixe escapa fácil da inabilidade da garça sem a mesma habilidade de sempre.
O mar vendo o desespero da pobre garça , passa ajudá-la.
A garça então pesca um, dois, três... Dez peixes.
Desconfiada, a garça pergunta ao mar:
- O que está acontecendo, o mar esta me dando peixes?
O mar apenas respondia com mais peixe.
Saciada a velha garça de penas branca foi para casa bem mais cedo do que o normal.
Logo pela manhã, quando o sol ainda estava dentro de uma grande nuvem de fogo saindo de dentro do mar, a velha garça de penas brancas já estava pescando o seu de comer.
E tentava uma, duas três... Dez vezes e novamente os peixes escapavam facilmente das garras inábeis da garça velha.
O Mar novamente deixou que a garça pescasse um, dois, três... Dez peixes.
Desconfiada da amabilidade do mar, a garça pergunta-lhe:
- Mar, lembra de mim? Quando jovem e bonita, fui uma pescadora habilíssima, e pescava meu de comer sem precisar da ajuda de ninguém. Por que esta sua consideração inesperada por mim, agora que estou velha, feia, sem graça e sem força nem habilidade para pescar.
O mar apenas respondia com mais peixes.
Ser Amável com os mais velhos é reconhecer nestes a sua própria imagem daqui alguns anos. Seja um mar de bondade para os que ajudaram a construir o presente que você está pisando.

Francis.
FRANCIS NASCIVALEN
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