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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Posto de Saúde.

Nossa, andar no posto de saúde, é só pela bênção. Depara-se com cada situação.  Fui com a Camila no dia da sua consulta de pré-natal  e... Olha só, na verdade eu amo ouvir as histórias contadas naquele espaço comum. Ouvir o povo, contar seus inusitados problemas de saúde, e problemas de família. Bem, e desta vez eu visualizei algo, que esta indo de encontro ao estudo do aumento do analfabetismo no Brasil.


Porque, é inacreditável que alguém cometa este ato conscientemente.

Havia uma mãe grávida, sua filhinha pequena, de talvez seus três anos idade , e avó. As três estavam aparentando que estavam com bastante sede. Porque  toda hora elas tomavam água no bebedouro. E, inicialmente elas estavam usando diretamente o bico da saída da água, pois não havia copo. E sem qualquer problema, as três literalmente estavam mamando no bico do bebedouro. Não do lado que normalmente se usa, com um leve apertão, água espirrando direto na boca.

Mas de repente, a criancinha, retira um copo de um recipiente ao lado bebedouro, e entrega para a mãe. A mãe observa com bastante alegria, o feito da filha. E até comentou. Que a menina era muito inteligente; muito mais que ela e avó, de ter encontrado o lugar que estavam os copos para tomar, água.

Bem, eu estranhei. O recipiente de copos de beber água , ali no lado de baixo de bebedouro, quando é normalmente preso a parede , e do lado de cima do bebedouro.

Passado algum tempo, mudei de lugar. E sem querer fui sentar em frente ao bebedouro. Gente, observo extasiada, que aquelas criaturas reutilizaram os copos para beberem água. Mas o mais estranho, era que estava bem sinalizado- Lixo. A palavra Lixo estava bem na boca do tubo que recebia os copos usados. Uma pessoa com um pouco de leitura, não ia reutilizar aqueles copos nunca. A menos que elas fossem além de analfabetas, também fossem discernidas do senso de limpeza de toda ordem.

O que me pareceu que elas fosse sim, um pouco consciente na parte da higiene alimentar;  é que momentos antes, elas haviam jogado no lixo, as bolachas que a garotinha havia derrubado no chão.

Logo, se elas sabiam que não podiam comer as bolachas que haviam caído no chão; cogita-se também , que se elas tivessem lido a palavra Lixo bem destacada, não haviam reutilizado os copos para beber água, tão abertamente, com todos os outros frequentadores do posto observando estarrecidos, a aquela cena triste, da criança com o aval da mãe,  reutilizar o copo de beber água, que ela retirava de dentro do recipiente do lixo.






DocesrealidadesdeGUILOLOBAY , Escritora dos tempos.: Fantasma do analfabetismo assombrando os adultos.

DocesrealidadesdeGUILOLOBAY , Escritora dos tempos.: Fantasma do analfabetismo assombrando os adultos.: Estes dias foi noticiado.  Um estudo levantou que no Brasil, voltou a crescer o analfabetismo, só que agora, entre os adultos. Não sei bem s...

Fantasma do analfabetismo assombrando os adultos.

Estes dias foi noticiado.  Um estudo levantou que no Brasil, voltou a crescer o analfabetismo, só que agora, entre os adultos. Não sei bem se entendi. Mas estes adultos não foram alfabetizados quando crianças, e dai se tornarem pessoas analfabetas, é isto. Puxa mais que coisa difícil de entender. E porque estes adultos não foram para a escola quando crianças? Por que isto ainda esta ocorrendo nos dias de hoje. Mas isto é quase que dizer que, alguns anos atrás várias crianças ficaram fora da escola. E que neste momento, elas ressurgiram totalmente analfabetas. Quem vai garantir que alguns anos mais tarde, novamente se volte a noticiar a aumento da taxa de analfabetismo dos adultos. Ta complicado. Porque pelo que esta se levando a acreditar, e entender, onde estão estes futuros adultos, agora crianças, que mais tardes vão ser adultos analfabetos? Bem cavalo doido estes dados. Que bicho é este que esta engolindo as crianças que estão fora das escolas hoje, para anos depois, cuspir estas crianças  adultas e analfabetas. Ainda não entendi eu mesmo. Muito menos estas estáticas do governo. Complicado. Porque não deveria estar havendo adulto analfabeto, já que todas as crianças foram alfabetizadas, pelo menos era o que se estava  esperando, já que estes mesmos estudo falam que não há criança analfabeta. Ai tem feira do rolo. Eu troco um monte de crianças alfabetizadas por um monte de marmanjos analfabetos, e ai fica tudo bem. Vamos colocar os marmanjos na estatísticas dos fora da escola, porque ai ninguém, fala mal do governo. Porque ; quem vai se importar com gente adulta analfabeta. E Coloca as crianças na lista da estatística do politicamente correto. Com isto o governo vai ganhar notoriedade. O gato escondido com o rabo de fora. Brasil do rolo. Brasil varrendo seu lixo para debaixo do tapete. E vendendo a cara limpa la fora. Pô Vem espiar nóis não Presidente Obama.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A maldade tem cara e coração.

Quando meus filhos eram pequenos. Principalmente minha duas moças. Eu tinha uma grande preocupação: identificar o ser maldoso. Eu sempre tive esta preocupação, quando eu ainda era solteira. E minhas filhas até nos dias de hoje, tem esta mesma preocupação. Algo assim natural, que esta incrustado em nosso coração, de uma maneira simples, nada de constrangedor, ou algo do tipo.

Morávamos na Lapa. Meu Deus. Muito embora a Lapa fosse um bairro top, de boa qualidade de vida,  bem localizado, boas escolas. Também tinha lá seus problema. Muitos bancos, ruas de muito comercio, lugar de pontos finais de ónibus, vindos de diferentes bairros, e até de outros municípios. E vai, que todo e qualquer tipo de criatura poderiam estar cruzando nossos caminhos. Era isto meu medo. Que minhas duas fofinhas fossem vítimas de gente de outros lugares, ou até mesmo da nossa localidade. Enfim, todas as vezes que elas estavam indo ou vindo da escola, era sempre a mesma ladainha.. Filhas, tomem cuidado. Não fale com estranhos. Fique de olho se vocês estão sendo seguidas...E peçam ajuda, se caso qualquer coisa vier acontecer.

Podem estar se questionando. Ta , mas se a senhora tinha tanto medo de que algo acontecesse as suas filhas, porque então, a senhora não as acompanhava até a escola, e as pegava também.

Certo, dentro da medida do possível, eu pegava meu filho menor, e todos íamos a escola, e também as buscávamos. O problema era que meu filho, as vezes estava meio adoentado, com indisposição de gente pequena, x fatores, quase todos eles atribuídos ao nosso pequeno. Antes de seguir contando esta foto:

- Olhem só o que certa vez aconteceu. Chegou a hora das meninas irem para escola. E olha que a escola era bem próxima, numa carreira só, virando umas duas esquinas, já estavam lá. O problema é que elas passavam perto da rua 12 de Outubro, na Lapa. E para quem não sabe, ou conhece, esta rua equivale uma rua 25 de Março. Muitas lojas, marreteiros aos montes, gente de todas as partes, fazendo compras nestas lojas, e muitos bancos; algo bem mesmo para tirar o sossego de qualquer mãe.  Complicado ter este tipo de rua nas proximidades da escola de um filho. Pois bem. Resolvi arriscar. Fui levar as duas na escola e não acordei o meu filho. Fazia pouco tempo que ele havia pegado no sono.  Fiquei com dó de acordá-lo. E, uma, se tivesse feito isso, conhecendo ele, não iria mesmo me acompanhar até a escola, nem a pau. Por isto e por muito mais, resolvi arriscar, e levei as meninas na escola. Isto quase vira caso de polícia.

 Sem nem ao menos entrar na escola, deixei as meninas na porta, as vi entrar, e voltei rapidamente. Correndo mesmo. A gente morava num prédio antigo. Sem porteiro. Mas bonito. Tinha dois quartos, sala cosinha. Coisa boa. Sempre gostei de morar em construções antigas, porque elas são mais caprichadas no tamanho. Pois bem, segundo andar. Dois apertamentos por andar...Gente, quando eu chego na minha rua, de cara percebi que algo de errado estava acontecendo no meu prédio. Primeiro que nada, ouvi os gritos desesperado do meu amado filho  - "Mãe. Quero minha Mãe. Mamãe. Eu quero minha mãe" E danava a chorar, num maior berreiro. Jesus, sai correndo. Vala me Deus, é agora que vou ser presa. E o povo estava começando a se aglomerar na calçada, olhando para aquele pobre menininho abandonado , chorando desesperado la na janela. Passei correndo que nem um vento do lado do povo, corri escada acima, coração na boca, abri a porta, e abracei meu filho chorando que nem uma louca. Filho, desculpa, desculpa a mamãe ta aqui. Pronto, ta tudo bem, vamos assistir um desenho. Quer que eu leia pra você o gibisinho da monica. Ele adorava os gibis da turma da monica. Que bonitinho. Ele havia arrastado uma cadeira para a janela da sala, e de sobre a cadeira, ele colocava a cabecinha para fora da janela. Nossa, me digam, foi a mão de Deus que segurou esta criança.  

Bem, ai esta uma pequena amostra, do quanto era as vezes difícil, tanto levar, como trazer minhas filhas da escola. Seguindo aquela linha de pensamento, de não falar com estranhos, ficar de olho se estão sendo seguidas...Uma vez as duas chegam correndo em casa, e falam: - Sabia mãe que uma mulher com cara de "raposa" disse para nós que conhecia a senhora, e queria que nós fosse com ela até a casa dela que era bem pertinho ali da rua. E a gente saiu correndo, porque a senhora disse que não era para gente falar com pessoas estranhas. E aquela mulher estava mentindo. A senhora não conhecia ela. Aquela cara de "raposa".

Elas me contaram mais ou menos esta história. Eu gelei por dentro. Mas, passei confiança as meninas, e apenas confirmei. É isto mesmo crianças. A mulher estava mesmo mentindo. Eu não conheço ninguém por aqui. E continuem assim, com bastante cuidado.

E outra vez, foi até engraçado, mais igualmente perigoso. Na verdade, foram duas situações indenticas. Um dia elas disseram que quando estavam caminhando de volta para casa, perceberam que tinha um homem as seguindo.  A mais velha, falou para a menor, que desconfiava que tinha um homem alto, moreno, seguindo elas. E disse para a outra. Olha, eu derrubo meus materiais no chão. Ai vamos pegar. E ai ele vai ter que passar por nós. Segundo elas, deu certo. O camarada passou, e elas saíram correndo em outra direção. Coisa simples, mas era uma maneira de estar sempre ouvindo o que de estranho ocorria no curto trajeto que elas faziam da escola para casa, e vice versa.
  

Esta outra história foi mais de risco. Elas começaram a serem seguidas por três moleques de rua. Meu Deus, estes carinhas são super perigosos. E eles e ela, pois na verdade era dois meninos e uma menina, começaram a rir delas, chamar elas de nomes feios, este tipo de coisa. E enquanto elas estavam naquela rua movimentada eles apenas a estavam amedrontando de longe. O problema, era que elas estavam próximo de entrar em outra mais deserta. Bolaram um plano em conjunto. Pararam um senhor que estava saindo de uma loja. E falaram rapidamente o que estava acontecendo. Graças a Deus que o Sr. as ajudou. Botou os camaradinhas para correrem. E elas seguiram correndo para casa rapidamente, pois já estavam bem perto de casa mesmo.


E vou ariscar a dizer. Criar filhos nestes tempos, esta muito mesmo difícil. Porque, vejam só, a mulher, na cara dura, chamar as meninas para irem na casa dela. Dizer que conhecia a mãe delas. Tudo era mentira. Sim, disse até que ia pagar um sorvetes para elas. É mesmo o fim do mundo. A maldade tem cara sim. Segundo minhas filhas, tinha cara de raposa. E se ela tem cara, também tem coração ruim.


Tempo não passa. Tempo é tempo em qualquer tempo.

Reginaldo Tavares Silva.

Quem é Reginaldo Tavares Silva. Quem foi. Porque Reginaldo Tavares Silva não existe mais. Só o seu nome.

Conheci Reginaldo, quando ele era apenas um lindo garotinho, de pouco mais de três aninhos de idade. Isto em 1977. Lindo, como qualquer criança desta idade. De verdade, ele era lindinho. Fofinho, falante, esperto, alegre, e muito feliz, porque era muito amado pelos pais. Embora seus pais vivessem separados, os cuidados e amor deles, nunca faltou na vida daquela linda criancinha. Parentes, amigos, conhecidos, enfim, Reginaldo era o vaso cheio de flores que enfeitava todas as mesas de todos que o conheciam.

Alguns anos depois.

Alguns anos depois. Eu apenas o acompanhava por notícias de parentes e amigos que mantinham contato pessoal com Reginaldo. Eu havia seguido por outros rumos. Mas estava sempre acompanhando os passos de Reginaldo, mesmo porque, a família dele era muito ligada a minha, seja por amizade, seja por amigos em comum, ou seja, até hoje ainda mantemos contatos por este tipo de línea, notícias esporádicas, aqui a cola. De repente batemos de cara com alguém, que há muito não víamos. Surge alguém que fala de um ser daquela família de Reginaldo. E assim, por este meio, estamos sempre sabendo de gente que a muito a gente não ver nem fala. Quem é vivo sempre aparece. Este tipo de coisa.

E foi em um destes encontros ocasionais, que ficamos sabendo do que havia acontecido com Reginaldo. Segundo ficamos sabendo, não difere do que esta acontecendo com os nossos adolescentes de hoje.

Reginaldo, tinha vários amigos. E , amizades, são amizades. O que é amizade afinal? Amizade. Em determinado estágio, é algo que merece um total retalhamento. Porque, nesta vida, não são os esperto que sobrevivem, mais os melhores em tudo. Visão, educação, bondade, respeito, dedicação, e principalmente os que não descuidam da fé. Nem que seja emprestada  da mãe, ele precisa criar um escape para uma emergência que por ventura surgir. E se a Mãe também não possuir fé...Meu amigo, é melhor apelar para algum santo, naquela hora que todos sabem, vai chegar. Já ouviu falar de terremoto? Pois é, que nem terremoto. Um dia aquela assombração vai assombrar você, quando menos você espera.

Porque, espera um pouco. Viver sob o teto do mundo, não é assim tão fácil. Deixar-se ser levado pelas correntes fartas, para tudo quanto é direção, não entre nesta roubada. E uma destas correntes  é,  amizades degeneradas. Bebedeiras com amigos. Farras, noitadas, fartura de guloseimas, enfim...Meu

Deus, nem me fale. Isto me custou muitas amizades. Mas nunca abrir mão da minha paz. Hoje eu sei que estou colhendo os frutos que plantei. Estou feliz de estar  levando uma vida tranquila para meu último abrigo.

Pois, esta assombração de que eu estou falando, bateu na porta do Reginaldo, quando ele tinha apenas 17 anos. E olha como as coisas são. O menino estava em paz, la em uma chácara com a mãe, pertinho de Minas Gerais. Curtindo uma tranquilidade, sol nascendo, sol se pondo, água fresca e tal...

Eis que surge o primeiro indício de que a vida dele iria mudar para sempre. Surge uma desgraça de amigo. Pois é. Sempre esta figura, amigo. E conversa vai, conversa vem. O dito cujo convence Reginaldo a voltar para o Penteado, uma bairro nada bom aqui de São Paulo. Pelo menos naquele especifico lugar do Penteado, é literalmente, a violência em pessoa.

Pois é. Reginaldo foi convencido a voltar para o Penteado. Seguiu o seu destino cruel. Chegando em sua casa. Ficou na companhia e vários amigos. Começou a rolar uma bebedinha. Um baseadinho maneiro. E...Reginaldo Tavares Silva já era, dentro do banheiro. Cheirou um pouco a mais do era para cheirar. De repente tudo começou a ferver. A sua carne bramia feito leão. E ninguém, nada segurou aquele leão enraivecido. Resultado final. Banheiro todo quebrado. E num canto, um corpo todo auto estraçalhado. E o mais triste. Reginaldo morreu sufocado com  a sua própria língua enrolada dentro da sua guela. Porque, os babacas dos seus amigos, aqueles que foram buscar ele lá na sossegada vida que ele estava levando; nem para isto serviram, segurar a língua dele para não enrolar, enquanto a ambulância não chegasse. A ambulância até que chegou. Mais para levar uma cadáver.


Agora me diga. Tem alguma diferença, a morte deste jovem, com a morte dos jovens de hoje, que resolveram trilhar pelo mesmo caminho que um dia Reginaldo Tavares Silva trilhou?








quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A Serra do Canto do Pássaro Encantado.


Esta história, como ela própria esta informando, é formulada a partir da metade dos anos de 1970. Ano da chegada de uma família, vinda do interior do Ceará , para o interior de São Paulo. Vocês podem imaginar como deve ter sido a confusão criada por esta de repente mudança de mundo, de vida, enfim, mudança radical da vida de uma criança de nove anos de idade.



Foi entremeio desta e de outras mudanças, que a pequena Vila de
de Ana Dias, foi minuciosamente descrita. E nada ficou sem ser observado. Nada ficou sem ser lembrado aqui na história. Até o cemitério entrou na história, quase como sendo um castelo  e não como lugar de gente morta. Por isto observe com atenção, o que uma criança com nove anos de idade, pode imaginar, ou estar imaginando. Tem alguma coisa de real nesta história ou tudo vem do vasto mundo imaginário? Sim. Ana Dias existe. E era um tempo de nove anos de idade. Claro que foi escrito numa linguagem atualisada, para ser melhor entendido. Mas o teor da imaginação, que gira em torno de um canto que a criança acha que é de um pássaro, mas não tem certeza disto. Este núcleo da história esta inalterado.

O curioso, é que, mais ou menos uns dois ou três anos atrás, passamos la pelas banda da pequena Vila de Ana Dias. Foi um verdadeiro choque para mim, rever um tempo dentro de outro tempo. A Vila, na verdade ainda esta sob o manto do atraso. Mas tem lá suas mudanças, mais é muito pouco. Mais, o que mais me surpreendeu de verdade, foi o cemitério. Meu Deus, aquilo ali é o mesmo que vi, há uns quarenta anos atrás? Era.

Falando com um senhor de idade. Ele disse: Olha este foi sempre o cemitério de Ana Dias. Ou seja, ele nunca teve a aparência de um castelo. Castelo! Ora quem foi o maluco que chamou um cemitério de castelo?                         



A Serra do Canto do Pássaro Encantado

                                                           I


Em meados de mil novecentos e setenta, Ana Dias era tida como a vila do "Um".

- Um Armazém.
- Um Colégio.
- Um posto de gasolina.
- Uma estação de trem.
- Uma Serra.
- Um cemitério.

Cemitério.
Único lugar que apresentava condições de se viver. Viver em cemitério?
Pois é. O povo de Ana Dias tinham orgulho de um dia irem morar enterrados naquele cemitério. Pelo menos depois de mortos , eles teriam a bem aventurança de morar em belas mansões, coroadas de belíssimas torres, lapidadas com o mais puro mármore, que se pode imaginar. Sem falar, que todos os dias os mortos recebem lindos ramalhete de flores, coisa que jamais receberiam se ainda estivessem vivos. Quem visita a Vila de Ana Dias, se encanta com a suntuosidade do cemitério. E se comove com a precariedade das casas ao seu redor.

Uma Serra.

Embora Ana Dias fosse cercada por várias serras, só existia uma serra na visão dos habitantes da Vila.

Um Armazém.

Os donos do Armazém, eram,  Zé Pernambuco e Maria Portuguesa. Eles tinham os moradores da Serra, como seus melhores fregueses. Por isto vamos ver, como o Zé e Maria os definia:

- Sílvio Raposo, filho número um da Serra. Ele é o maior caçador. E que fique aqui bem esclarecido. Caçador de caçador.

- Romildo Moreno. Morador número dois da Serra. É também uma caçador de caçador, juntamente com o seu irmão do meio, por isto assim chamado, Irmão do meio, porque por último, vem a irmã deles, Conceição Moreno, uma bela criação das matas, que tem uma queda pelo Sílvio Raposo, que por sua vez, não caiu por ninguém, já que lá no armazém, andam falando que na vila esta cheio de meninas caindo aos pés dele.

Do tipo caladão, Sílvio é acanhado por natureza. Viu a Conceição Moreno crescer, mais pouco foram as vezes que lhe dirigiu a palavra. Uma troca de olhar, e ambos sabiam o desejo um do outro. Quando a Conceição queria uma goiaba, bastava ela olhar para ele, que em poucos minutos, ela tinha as mãos cheias de goiabas. Ela adorava, quando ele corria para disputar com os outros meninos, as melhores amoras para lhe trazer.

Mas um dia ela passou dos limites. Caminhavam, ela juntamente com os irmãos, Sílvio e uns amigos, por uma estrada, bem lá no alto das Serras. Ela viu algumas amoreiras, carregadas de amoras bem vermelhinhas. Percebendo que o tempo todo, os meninos, incluindo Sílvio, disputavam um lugar ao lado dela, lançou um desafio: - Aquele que lhe trouxesse as melhores amoras, seria o escolhido para ficar ao seu lado.

Sílvio naturalmente ganhou. Isto depois que ele e os outros garotos, irem parar dentro de um riacho de águas frias que passava no final da ribanceira onde ficava as amoreiras. Sílvio só percebeu que era uma cilada, após estar despencando do alto com os outros garotos, direto dentro rio, que naquela hora da manhã deveria esta com a água perto de zero grau positivo. Fria, muito fria as água de qualquer riacho ali na serra aquele horário da manhã.Os irmãos se acabavam de rir com as travessuras da irmã.

Foram-se os tempos de intensas paixões superficiais e travessuras. Ficaram as lembranças dos bons tempos ao lados dos Irmãos moreno, pensava Sílvio, absorto nos devaneios, sentado na varanda de sua velha cabana.

Sílvio Raposo trancou seus sentimentos. E nada o fazia desistir desta sua decisão. Mesmo partindo da sua melhor amiga, Maria Portuguesa, que intercedeu por uma moça da vila, que se dizia, apaixonada por ele. Só mesmo o tempo para mudar o que ele mesmo criou, dentro da cabeça de Sílvio Raposo.

                                                                     II

A Vila de Ana Dias é ligada a Serra, por uma estrada íngreme. Esta estrada sobe se contorcendo por entre as matas, e é cortada aqui e acolá, por cascatas cristalinas, que vem do coração das matas, trazendo segredos infinitos; que não podem ser declamados, e apenas, tão somente apenas, murmurados pelas águas cristalinas que deslizam morro a abaixo, cortando a estrada em diferentes trechos. Depois de descer a serra , este mesmo riacho, sai cortando plantações de bananas inteiras, feito um bolo, vertendo a seguir, suas águas cristalinas, em canais da pequena vila, para logo em seguida ir morrer dentro do mar. É por isto que o povo acha que o mar é um gigantesco deposito de segredo do mundo. Pois ele , tão somente ele, tem o poder de receber todos os desagúes dos rios do planeta. E como todo rio carrega segredos. Imaginem a quantidade de segredos da vida que o mar carrega. E não é a toa que ele é maior que a terra.

Mas não é só o mar que esta cheio de segredos e  mistérios. A Serra de Ana Dias, também esta repleta de mistérios. Vale citar aqui, um misteriosos caso que vem dividindo opiniões, entre os moradores da Serra e os viventes da Vila. Se trata de um sonoro canto que sai de dentro das matas que cobrem as Serras de Ana Dias. E como nunca foi visto quem de fato esta emitindo o tal canto. Não se pode dizer que é de um pássaro, como tem alguns que dizem que é. Ou  de um animal qualquer das matas, como outros afirmam também ser. Ou de outros seres invisíveis, como também alguns arriscam a dizer que é. Mas que a verdade seja dita. Ninguém no entanto,  tem a menor ideia de onde vem o tal canto. Mas vem aqui:  É um canto ou um grito? Até que não se prove, continua a ser um canto. Que a verdade também seja dita. É um sonoro e lindo canto das matas. Mas que até o presente instante, ainda não foi identificado, a criatura que o esta emitindo.

Mas os filhos da Serra, tem suas opiniões formadas. Sílvio Raposo, tido como filho número um da Serra, com seus quase trinta nos de vida selvagem. Conhece cada centímetro dos altos da Serra. Mas nem por isto esta cem por cento certo das coisas que acontecem no interior daquelas matas. E apenas arrisca a dar o seu palpite:

- O Pássaro não existe. Mas, e o canto? - Pode ser de qualquer animal. Menos de um pássaro.

Para Romildo Moreno, filho número dois da Serra. Fala com quase certeza:

- Este é um canto de pássaro sim com certeza. Um canto com esta magnitude, jamais poderia estar saindo da boca pequena de uma raposa. Muito menos da goela estreita de um ouriço.

Para o Irmão do meio. Ele acha que neste mundo,  para tudo existe uma explicação. E claro, este é uma caso típico que se resolve explicando com bastante clareza:

- Um canto que estar no ar que respiramos. Na luz que nos alumia. E ninguém ver o seu emissor. Claro que só pode se tratar de um espírito. Alguém já viu um espírito? Claro que não. São os espíritos guardiãs das matas e das florestas . Sabia que estes espíritos podem ficar zangados . Um conselho. Deixe um vivente zangado; mas nunca, nunca deixe um espírito zangado. Coisas terríveis podem lhe acontecer, se você deixar um espírito zangado. E sabe quando é que os espíritos das matas ficam zangados? Quando derrubam as árvores. Matam os animais das florestas e das matas. Queimam e destroem sem precisão, florestas e matas inteiras. Tudo isto perturba a paz dos espíritos e os deixam profundamente irritados. Por isto tome muito cuidado para não ter a vida desgraçada pela maldição dos espíritos das matas.

Conceição Moreno foi além, ao dizer:

- O canto é de um pássaro. Mas ele é tão pequeno, mais minúsculo mesmo, que ao emitir o seu canto, é engolido pelo próprio canto. Sendo assim, ninguém o ver. E por isto só existe o canto.

Estas opiniões não convenceram, e o mistério do canto desceu até a Vila, que não se incomoda em ter mais "UM" na sua coleção.
No armazém do Zé Pernambuco, houve um bafa fá; e até gente que estava nos ares, depois de entrar de cara na caninha, entrou de solavanco na conversa:

- Amigos... Isto é... Cantoria... Gente de...Outro mundo.

Vem aquele que acha que diz, e não diz nada:

- O Pássaro que canta, está; quem sabe dizer, sabe onde.

Mas de repente chegou um lá da estação, revoltado porque perdeu o trem das onze, e desabafa:

-  Meus amigos, este é um canto de um pássaro. E ele esta cantando que toma conta das matas. E diz que para cada pé de árvore que for cortado neste mundo, ele lançará uma maldição sobre a terra. E a maldição, é uma terrível  seca. Ele diz no canto, que até os oceanos iram secar, se todas as árvores do planeta forem cortadas. Que terrível.Todo mundo vai morrer de sede. É uma morte horrível. Não que a morte seja bonita. Mais morrer de sede. Ninguém merece.

O Zé Pernambuco não ver a hora de falar, por que acha que o que tem a dizer, vai derrubar todas aquelas tese ali colocadas. E finalmente chega a sua vez de falar:

- Pensem bem meus pobres homens. Olhem para o alto daquelas Serras quase encostando la no céu. Esta claro que elas podem estar tendo contatos extra-terrestre. Portanto, presume-se que parte dos sons provenientes destas matas, podem estar saindo de bocas de viventes de outros mundos. Quem sabe a noite, naves tripuladas por seres extra-terrestres, resolveram baixar no topos daquelas Serras, e fizerem amizades com alguns índios, ou macacos. Experimentaram nosso cafézinho. E depois disto, quem sabe, teve alguns que se apaixonaram por alguma indiazinha ou uma macaquinha, e estão por ai, catando de alegria dentro das nossas matas.

Por causa deste comentário , o Zé levou um puxão se orelha da mulher. Maria limpou o balcão, e as mentes dos presentes, com este cometário:

- Meu povo, no meio daquelas matas, existe canto e mais  cantos. Cantos para todas as imaginações. E o canto deixará de ser ou não encantado, a partir do momento que qualquer um quiser. Se é de um pássaro ou não. Tudo vai depender de quem estiver ouvindo. Ou seja, todos nós temos o direito de pensar o que quiser de qualquer coisa nesta mundo.

                                                                     III


De volta para a Serra. Final de mais um dia. O sol esta mergulhando lentamente atrás dos arvoredos lá no linear das serras. Na varanda de sua cabana, Sílvio acaricia o último raio de sol pousado no pilar que sustenta sua moradia. Mas este escapa por entre seus dedos, e vai pousar sobre o pé de goiabeira, para logo em seguida, desaparecer por completo.

Se sentindo solitário, Sílvio caminha sem rumo, na direção do por do sol. Mas nesta tarde, já com cara de noite, bateu no seu coração de caçador, uma vontade caçar algo para distrair o seu tempo, que esta com todo o tempo do mundo, para fazer o que quiser de sua vida.

Observa por alguns instantes, o voo solitário de um pássaro, migrando de uma serra a outra, na busca de um lugar seguro para pernoitar. Como o pássaro, Sílvio também, esta a busca de um lugar para ir. Não chega a esmiuçar muito. Logo pensa em algo. O velho casarão branco abandonado. Este lugar precisa estar sob constante vigilância, devido ao seu estado total de abandono. Muitos caçadores de animais, adentram as matas, e vendo aquele casarão desabitado, pensam que podem ficar e fazer o que bem entende das matas. Mas se enganam. Ali esta ele, sempre atento a tudo que pode machucar ou depredar suas tão amadas florestas de matas intensamente verdejantes e ricas em flora e fauna, Sílvio Raposo, filho numero um da Serra.

A noite esta devidamente escura, e a picada por onde vai passar, esta invisível. Somente uma pessoa que conhece bem a região não corre o risco de se perder. Familiarizado com os sons que vem lá de dentro da mata escura, ele apenas fica atento, quando um galho seco de árvore se quebra inesperadamente. Serve apenas para aumentar ainda mais sua ansiedade de estar frente a frente com o desconhecido. Mesmo que o desconhecido, não passe de uma velha raposa apressada, que sem enxergar direito, pisou num galho seco de árvore, que pôs fim a sua pressa.

Enfim chega ao lugar onde o casarão se encontra. Ele se encontra totalmente submerso no matagal que cresce em todo o seu entorno, deixando a amostra apenas alguns vestígios de suas velhas paredes brancas, visível até em noites escuras como a que esta fazendo.

Há muito silencio no ar. Impossível que haja alguém por ali, pensa Sílvio fazendo um minucioso estudo da área. Um dos vestígios que costuma denunciar a presença de caçadores, são seus cães. E deste não há qualquer sinal. Ele dar mais uma olhada, e verifica que aquele lugar esta tão límpido de caçador, quando o céu de nuvens. É o que ele constata naquele instante, ao se voltar para o céu.

Esta prestes a deixar o lugar, mas algo acontece. Uma tábua cai no chão da varanda que esta a pouca distancia de onde ele se encontra. Observa sem muito interesse, o possível motivo da queda do obejto. Pode se tratar de algum animal de pequeno porte que invadiu o local em busca de abrigo. Mas nada ver. Ou melhor, parece-lhe que esta vendo algo . Sílvio se esconde rapidamente atrás de um robusto arbusto. Havia uma coisa branca se movendo la na varanda. Depois de fazer uma minuciosa observação, descreve a si mesmo.

" Se trata aparentemente de uma mulher. Ela esta com um xale branco cobrindo as costas. É o que parece."

Quando o vulto desconhecido, abre silenciosamente uma pequena portinhola para sair da varanda, Sílvio respira aliviado:

- A bom, pensei que ela fosse flutuar. E sendo assim, ela não é um fantasma, como eu estava a ponto de achar que era. Era só o que me faltava. Sílvio Raposo, homem valente, estar vendo fantasmas agora. O que vão dizer o pessoal la do armazém, se uma coisa dessas chegar ao ouvido deles.

E quando ele se deu conta, o vulto havia desaparecido na escuridão. Ele fez uma busca rápida. Mas logo desistiu. Era mesmo que procurar uma folha seca caindo na escuridão.

Pela manhã Sílvio voltou a casa. E nada estava fora do lugar. Tanto no interior, como fora da casa. Nada indicava que havia alguém morando na casa, como ele a principio desconfiou.

Mas ao retornar a noitinha, la estava ela. Igualmente, como a tinha visto na noite anterior. E assim os dias estavam se repetindo. E a estranha pessoa, era  sempre a primeira a chegar.

Sílvio esperou pela noite de lua cheia. Neste dia a mulher vai ser enfim desmascarada, pois nada fica invisível na noite de lua cheia. Estava decidido a enfrentar a mulher fantasmagórica. No fundo, criara uma estranha intimidade com aquela desconhecida. E promete que vai fazer de tudo para não perturbar a paz dela.

Não sabia de onde ela era, muito menos quem ela era. Isto de certa maneira era envolvente. Estas obscuridades, ele fazia questão de deixar que ela mesma resolvesse, se iria ou não contar.

Em fim é noite de lua cheia. Sílvio já esta apostos. Teme que esta noite, seja a última, daqueles encontros, nada normais, mais que de uma certa forma esta alimentando seus dias com fome de gente para conversar, e viver.
Amparado pelos arbustos, e perdidos nos sues devaneios, quando Sílvio se deu conta a estranha criatura já estava no lugar de sempre. Notou que ela estava sem o xale, e seus cabelos eram longos, e estavam entrelaçados por uma longa trança. Se mantinha sempre voltada para a parede. De certo que ela estava consciente da presença dele, e que hoje ambos finalmente iriam se falar pela primeira fez, depois de quase uma semana de encontro.

Sílvio sai do seu abrigo, e segue pisando forte nas folhagem secas que estão por toda a parte, em volta do grande casarão branco abandonado. Para próximo da portinhola. Fala meio que entre cortado:

- Boa noite. A moça esta afim de se apresentar. O que a senhorita esta fazendo esta hora da noite neste lugar?

Ele espera por uma resposta, que parece que não ia ter. Diante do persistente silencio,  Sílvio volta a interpelar a jovem:

- Esta bem. Se não quer se identificar, diga apenas se é moradora ou não da Serra.

Desta feita a moça resolve se manifestar, apenas com uma leve indicação com a cabeça, confirmando que era moradora da Serra.

- A, então você é moradora da Serra? Mais quem é você afinal. E me parece que você é mesmo daqui. Pois somente alguém conhecedora destas paragens teria a coragem de enfrentar estas matas escuras e cheias de bichos de certa forma selvagens.

Mas novamente o silencio voltou a separá-los. E deste vez Sílvio ficou aliviado com a inesperada manifestação da jovem. Uma voz quase que em sussurro, diz:

- Amanhã, no entardecer, me espere debaixo daquele pé de limoeiro, que existe no lado esquerdo desta casa. E quando o  pássaro encantado cantar pela segunda vez, eu vou estar lá. Agora volte para onde você estava.

Sílvio voltou rapidamente para sua cabana. Passou a noite em claro. Seus olhos se recusavam a se fechar, porque tinham medo de dormir e nunca mais acordar daquele, que parecia um sonho. Se existia loucura, Sílvio se considerava um louco. Isto estava parecendo magia proveniente daquele canto. Pois onde já se viu. A moça estava deixando que aquele canto que tanto ele teme, regulasse o primeiro encontro deles. Isto era inadmissível. Mas, no mesmo instante, era aceitável . Sílvio queria muito tocar aquela mulher. Estava doido por ela. E nada no mundo era mais assustador, do que aquele amor que estava sentindo por aquela estranha. Portanto, o canto assombrado, já não era assim tão assombrado. Mas aquele amor sim, era a coisa mais assustadora que estava sentido na sua vida. Estava com medo de se encontrar com ela. E se ela não fosse de verdade? Ai sim, ele enlouqueceria de vez.

E na hora marcada, Sílvio estava no local que a estranha criatura havia lhe indicado. Até limpou os baixos do limoeiro. E quando o sol estava quase que inteiramente submerso no horizonte, soou nalguma parte das matas fechadas, um som deslumbrante, único. Parecia que tudo silenciava, perante aquele canto. Nada mais além do verdes das árvores, existia. Outros pássaros, grilos, insetos, tudo, tudo silenciava, quando o canto estranho soava ali na mata. E pela segunda e terceira vez o canto se ouviu. E e a moça, não surgiu.

E se passaram dias , semanas e meses. Sílvio estava perdendo completamente o juízo. E foi obrigado a desvendar o seu segredo para sua amiga lá da Vila.

Maria Portuguesa, penalizada com o estado em que se encontrava o amigo, contou para o marido a desventura do filho número um da Serra. E logo os fregueses do armazém, se aglomeraram, e passaram a discutir, acerca do assunto. Um velho freguês, alertou:

- Fantasmas? Mas o caçador é la homem de se amendontrar. Ele estava era sendo enganado. Tenho certeza que era alguma caçadora disfarçada de fantasma.

Um dos homem pede mais um copo de caninha. Bota pra dentro a danada, e fala com ar de autoridade:

- Onde tem fumaça, tem fogo. E tem coisa nesta história. Uma mulher, que não foi vista por mais ninguém. Isto é coisa de pássaro de canto encantado. Gente o pobre moço pode estar encantado. Quer encontrar uma mulher que só existe no seu imaginário. Aposto que foi o canto encantado, que fez isto.

Vem o coveiro da vila. Todos dão a vez ao rei da sabedoria. O Zé serve rapidamente um copo de rabo de galo para o ilustre orador. O homem toma de uma só golada o líquido. Raspa a garganta, solta um produto grosso amarelado la no meio da calçada, e fala, agora com a voz limpa:

- Eu, levando tantos anos enterrando gente neste cemitério de Ana Dias. Já vi de tudo. Ouvi de tudo. Enterrei gente de todas as idades. Enterrei rico, e pobre aos montes. Enterrei também um montão de cachaceiros...ehehehe. Houve alguns protestos repreendendo o comentário, mais logo ele deu prosseguimento. - E enterrei muitas mulheres bonitas. Haaa! Suspiraram de dó as bocas ébrias. Mas, o coveiro olha para todos os lados, e segrededa para os seus ouvintes: - Dizem que quando as mulheres bonitas morrerem, elas voltam para assombrar os homens. Pode ser que o morador número um da Serra esteja sendo assombrado por uma destas mulheres. Huuuuuuuuuuu!

Houve muitas queixas contra o coveiro. Ele não passava de um falador desrespeitoso. Outros questionavam o real destino das mulheres bonitas quando morriam. E o bate boca se seguia sem hora para acabar. E pelo jeito a Vila do Um tinha assunto para muitos e muitos dias.
 
                                                                   IV



Enquanto isto lá na Serra.

Sílvio Raposo esta desolado. Tão cedo não vai por os pés la na Vila. Esta arrependido de ter falado do ocorrido com sua amiga Maria portuguesa. Estava sofrendo todos os tipos de zombarias, por partes dos clientes do armazém. Desenganado, se esta for a sua sina, ficará para sempre com o coração partido, e solteiro para sempre. Se casar. Só se for com a moça da noite de lua cheia.





















terça-feira, 24 de setembro de 2013

Fotos da Caatinga


Pense num café bem quente.
É assim o chão da caatinga; bem quente.

Pedras ardendo sob o sol de mais de trinta graus. Eita que não tem gente que aguenta coisa assim.

Mais tem gente que aguenta sim. O nordestino, cabra da mulesta, é cabloco forte, não teme sol forte, trabaiador, matuto veio que enfrenta a morte se preciso for, mais do sertão não sai, no sertão ele fica.



Calango veio, bicho estranho. Na pedra quente ele anda, feito um espirro, ele bate e se esconde, na mesma hora que sai do buraco da pedra.

A palma, uma planta intrigante, nasce no meios da pedras quentes, sem água da chuva que não tem no sertão, fica verde o tempo todo, e não queima nem seca sob o sol quente de mais de trinta graus, no meio do dia la no sertão Nordestino criado por Deus, venerado pelo povo.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Pensamento

Política, Religião e Futebol, assuntos que não encontra respaldo neste  blog. O que realmente importa, esta dentro de cada um. E cada um sabe o que esta fazendo. E dentro de um contexto de visão desconexa, diversifico os assuntos baseados em imagens, cores, flores e músicas.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Rios de Babilonia (Rivers Of Babylon) Um tempo perdido. Passado sem volta.

Ouvir esta música, além de lembrar do filme, "África dos Meus Sonhos", lindo por sinal; esta música também vivifica tempos que estão adormecidos nalgum pedacinho da lembrança de muitos.

Um rio corre por dentro das obscuras passagens subterrâneas do passado, levando e trazendo,  de temos em tempos, o passados para se confrontar com o presente, através da música que não morre,  mais que fica no vai vem das águas deste rio chamado vida.

Alphaville - Forever Young ~Official Video Nada é para sempre.

Quando foi, será, é. Este são estados permanentes da vida. Perdemos nossos sentidos a cada minuto que passa. Sentido de ver, sentir, possuir. Tudo tem um final, um porém, um porque. Lutamos o tempo inteiro pela vida. Viver é algo difícil de compreender, quando se sabe que não se vive eternamente. Por isto, nunca pense no amanhã. Porque a Deus pertence o futuro de tudo.  Pense nisso apenas.

Starship - "Nothing's Gonna Stop Us Now" - ORIGINAL VIDEO - HQ Tempos de "Q" Passaram.



A velha garça e o mar.

Foi um amor que não existe. A velha garça de penas brancas, tentava em vão pescar na beira na praia. E quando ela via que o mar recuava, e o peixe que ficava preso na areia, e que aquela era a hora de pegar o seu de comer. Com a sua lerdeza natural, acabava por perder a oportunidade de se alimentar. Porque o peixe logo era levado pelo mar novamente.

Mas o mar se apiedosse da velha garça, e passou a deixar que ela pegasse um peixe, dois peixes, três peixes...

Até que a garça desconfiada, perguntou ao mar:

- Porque senhor mar, o senhor esta me ajudando. Sou uma garça velha, perto de morrer. Não tenho mais serventia alguma para o mundo.

O mar respondeu-lhe:

- Ora Dona Garça, sou  apaixonado pelas  garças de qualquer idade. Elas passam a vida inteira pescando, correndo das minhas ondas pra lá e pra cá. Eu sou muito grato as garças por elas estarem sempre junto de mim. Elas me ensinam a ficar a onde eu estou. Me ensinam que este é o meu lugar. E por isto, tudo que eu puder fazer para manter as garças vivas, eu o farei.

Moral da História. Um velho nunca supera o novo. Mais um novo sem o velho, não vai superar coisa alguma. Quem é que ensina os novos, os velhos. Logo,  quem não tem quem ensinar a superar as coisas, como é que vai saber viver. Pois uma coisa é certa. Ninguem nasce sabendo. Até o mais sábio dos sábios, foi um dia ensinado. Portanto, respeite os mais velhos. Respeite o mar.




Tempos

tenebrosos nos esperam la na frente.

Com o tratamento que estamos infringindo a natureza, e aos nossos velhos, não espere coisa boa, nem neste tempo e nem em tempo algum.


Na Ilha acontece.

Um momento de intimidade familiar. O atum arrumando a sua cama. Na Ilha é assim, muita paz familiar, cachorro e noite feliz.

Despertar na Ilha Comprida



 As seis e meia da manhã de domingo, era assim na Ilha Comprida. O vislumbre do sol despertando para iluminar mais um dia, era simplesmente mais que maravilhoso...Estupendo, o máximo.


Por isto, dormir até mais tarde, pode lhe custar muito caro. Perder este cenário único, equivale a perder milhões de oportunidade de ser feliz. Lembre-se disto na próxima vez que for passear na Ilha.


Mas infelizmente, por trás de tanta beleza,
existe as mazelas que nós, seres humanos, produzimos.


Fazendo nossas tradicionais caminhadas matinais, pelas lindas estradas da Ilha, encontramos um pobre cãozinho, que pelo que deu para perceber, sofrera algum tipo de violência.

Seu andar estava comprometido, provavelmente,  por conta de uma pancada. Arrastava-se para caminhar, estava sem forças nas pernas, sua coordenação motora estava ruim, e sentia muita dores. Quando eu afaguei sua orelhinha, ele respondeu com um gemido de dor, um claro pedido de socorro. Passei a chorar por dentro. Me perguntando, que tipo de pessoa trata os animais desta forma.

Este cachorrinho estava a cerca de uma casa de veraneantes, que estavam muito barulhentos. O pobre cão, mesmo tendo sofrido a agressão talvez naquele ambiente mesmo, pois não havia outras na cercania, por falta de lugar melhor para ir, ficava no mesmo local, onde não estava sendo bem vindo.





Não podemos fazer nada. Afinal, o mundo é assim, enigmático, assombroso, violento...Mas quem quiser, pode pular esta parte, e viver sob este lindo nascer do dia, e ser como ele, lindo , e produzindo belos exemplos, ajudando, sendo ajudado, explorando as coisas boas da vida, fazendo o melhor, colhendo o melhor, plantando o melhor.

O despertar na Ilha


É MaraVILHOSO.  Tem pássaros voando, cantando.



Sol despertando no horizonte, deixando tudo incandescente.
E a vida é maravilhosa.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O que vale é o seu interior.

Sempre fui uma pessoa preocupada com os valores de um ser. E por isto mesmo desde muito cedo passei esta minha lição de vida para meus filhos. E tenho a impressão que minha missão foi cumprida. 
Pelos menos nunca tive qualquer problemas , nem na infância deles, adolescência, e agora na mocidade, estou certa que eles aprenderam a lição de casa direitinho. Sempre carismáticos, respeitadores. Valorizam o ser humano , não importando, sexo, raça, classe, cor, religião. Enfim. A raça humana é muito complexa. Sofri, e ainda sofro preconceitos. Mais vale muito a pena não repetir os erros, nem devolver o que se recebe. Sinto que o dia de amanhã já chegou para mim, e esta sendo mais que maravilhoso, esta iluminado para mim e para os meus. 
Meus filhos também foram muito hostilizados por causa da minha religião, que então eu seguia, agora sigo outra, principalmente minha filhas, que usavam sais compridas. 

Aguentaram. Agora estão desfrutando do que plantaram. 

E a beleza, é algo que se deve valorizar naturalmente.




A foto da minha filha esta aqui para externa um fato que me aconteceu, e que foi a partir dai, que me declarei totalmente uma cristã fiel e seguidora dos desígnios de Deus.

Minha pobre mãe quando morreu, sofreu muito. Um sofrimento que ninguém pode calcular a sua profundidade. Seus últimos dias de vida, foram extremamente terríveis.
Foram quase três meses sem dormir. Dia e noite acordada. Tomava água sem parar. Mas era só para molhar a boca, não chegava a ingerir. As raízes do câncer se alastraram por sobre todo seu corpo, causando uma visão monstruosa.

Ela pesava perto dos oitenta quilos quando ficou doente. Se estima que ela Morreu  com menos de quarenta quilos. Enterramos apenas pele e osso.

Mas, o mais enigmático da situação aqui, não foi esta situação toda. Foi no dia em que ela foi enterrada. Prestei muito atenção em tudo. A doença, a fatídica morte. E pude constatar. Nossa carne é toda constituída de vermes.

Meus pais no casamento da Maria e do Sérgio.
Os vermes não estão propriamente na terra. Pode ter lá uma percentagem de outros agentes decompositores incrustado na terra. Mas a grande e real verdade, acreditem, já estamos carregando nossos devoradores em vida. Bilhões deles estão pacientemente esperando que deixemos de respirar, para nos devorar. Foi o que eu constatei, quando estava debruçada sobre o corpo sem vida de minha querida mãezinha.  Vi um, dois, três...Era uma espécie estranha de verme, que saia do seu pescoço, passeava tranquilo pelos seu corpo inerte, feito uma minúscula lagarta, que se encolhe e depois se estica para andar. De repente vários passaram a eclodir. Mas tenho a impressão que ninguém mais estava vendo. Em silencio. Guardei aquilo que estava vendo, só para mim. Pois para mim, era uma espécie de esclarecimento acerca do que somos constituídos. Carne, órgãos e vermes.
Chorei pela falta que ela já estava nos fazendo. Mas, diante daqueles pequenos seres, fui aos pouco
constatando que este corpo é uma carne qualquer, que não devemos nos ate com nossos corpos, mais sim, com o que esta dentro dele, que é o que um dia vai se salvar da morte,a nossa alma. O Corpo morre , mais a  alma não.




quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Meus Tios

Esta é minha querida Tia Fátima. Meu tio Pedro. Eles vivem em Quixadá-CE. Terra quente, seca, mais muito atraente do Interior de Fortaleza.

Esta mocinha, é a filhinha mais nova deles. Minha priminha Erica. Ela não nasceu assim. Foi um poderosíssimo raio que a deixou assim.

Conta minha tia, que a Erica esta bem mais recuperada nesta foto. Inicialmente, seu estado era bem deplorável. O raio praticamente cozinhou seu cérebro. E seus órgãos motores não recebiam nenhum comando cerebral. E seu corpo estava inerte, paralisado no tempo.

E graças aos cuidados infindáveis de meus tios, estamos diante de uma pessoa quase que totalmente recuperada, diante do que fora antes.

Suas mãos, como dar para perceber, ainda esta sem movimento motor coordenado, mais, suas pernas já conseguem, com a ajuda, ser movimentada. Já gesticula bem a fala. Enfim, a Erica esta mostrando cada vez mais, que com o passar do tempo, sua vida vai melhorar, e novos dias estão prometendo vida nova para ela. Graças a Deus.



Meus tios e minhas primas.
Quando minha família deixou o sertão do CE. Eu estava com apenas nove anos de idade. E estes meus tios, pasmem, estavam namorando. Minha tia era uma formosa criatura, bem jovem. Meu tio um formoso rapagão das caatingas, bem simpático. 

Bem ao estilo do tempo. Nada é igual, um segundo depois; que dirá quarenta  depois.

 Este é o Chiquinho. E no meu tempo, ele era apenas um garotinho, mais ou menos do tamanho deste neto dele, que agora estamos vendo.




E nesta foto abaixo, Chiquinho e a esposa, Eugénia.


Do meu tempo, o óleo de cosinha, neguinha do pajeú. Que já não existe mais em lugar nenhum, apenas na coleção particular de uma pessoa. É um óleo muito saboroso feito a partir do caroço de algodão. Chique.  E o pessoal não utiliza mais esta preciosidade, que esta comprovado cientificamente, que é ótimo para o combate ao câncer, doenças cardíacas, e vários outros benefícios para o corpo. Não perdi tempo, trouxe 4 latas deste óleo milagreiro, e só não trouxe mais porque ia pagar muito pelo sobrepeso no avião. E já acabou. Estou esperando gente vir de lá do CE.  Vamos trocar óleo de algodão por o que eles quiserem. Bem ao estilo do meu tempo. Eia lé.
O jeguinho ( jumento )
e o caçuar carregado de mercadorias para o sustento da família. Bem  Ceará. Bem sertão.
Eu amava isto.





Ps: Uma lata de óleo de 1.000ml de algodão comprada no CE, pessoalmente, custa - 4,00R$

E uma lata de 500ml, na internet- 35,00R$

Bem, mesmo que o óleo comprado pessoalmente, seja um óleo composto, ainda assim vale apenas comprar, pelo preço e pelo sabor, que estava muito bom.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Vários seres. Cada um tem um jeito de viver.

 Este gatinho adora ficar no skate do menino. Uma maneira bem equilibrada de descansar em paz.
 E por falar em descansar, este ai esta tirando uma soneca maneira.
E esta garota, é uma rottweiler que adora cafuné. Esta boca aberta, é para receber os carinhos. Bem viciada em vida de bem.

O Chaninho resolveu sentar na calçada. E de olhos bem abertos.



Embora seja diferente, é na verdade meu gato preferido. Filhão mamãe te ama. 




Com eles não há Depressão.

Eles são nossos anjos da guarda. Os cachorros passam o tempo inteiro nos livrando dos males. Uma casa sem a presença deles , é uma casa de alvo certo para a bandidagem que esta atormentando a vida dos viventes de bem. Este maus elementos odeiam quando são descobertos. E por isto mesmo eles odeiam os cães. Adote um, e tenha paz na sua vida. Visite o blogdecachorrosabandonados.bolgspot.com

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GUILOLOBAY , Escritora dos tempos.: Contos Assombrados

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Frases bíblicas

Aos romanos

05-05

E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo espirito santo que nos foi dado.

Orquídea selvagem

Orquídea selvagem
Orquídea encontrada na Ilha Comprida-SP Brasil

Canto dos pássaros. Fim do mundo.

Viver sem o canto dos passarinhos, não e viver, é morrer de tédio. As árvores são as casas dos passarinhos, e no entanto, diariamente elas são eliminadas da face da terra, assim como os próprios passarinhos. Sem casa, os passarinhos vão desaparecer da face da terra. Ou eles, ou nós. Na verdade nenhum de nós. Sem as árvores, assim como os passarinhos, se alguém aqui não sabe, tudo que existe na terra vai se acabar. Por isto não culpe Deus pelo fim do mundo. Bíblica mente, Deus quer o nosso bem. Mas como filho da desobediência, estamos nos auto destruindo sem perceber. Sem perceber, o nosso amor ao dinheiro, as luxurias, aos bens materiais, esta nos levando direto para o abismo sem volta. E o abismo se chama, a Destruição do verde, da Natureza meu amigo.

Você é a favor da maioridade penal? Porque?

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Tempos de todos

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O olhar busca nos mínimos detalhes até encontrar, o que o tempo levou.

Só você.

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Só Você .É o guia dos seus dias. Tem a verdade do que aconteceu naquele dia.Sabe o que fazer para não repetir um mal sucedido..

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Trocar de de modos. Faça o que você gostaria. Se entregue ao tempo para o tempo ser algum dia seu. Ser é ser capaz de ser . Ouvir de alguém alguma coisa que em seu tempo não ouvia. Mereça ser um ser servido. Buscar um novo tempo é melhor fazer antes que seja tarde.

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