Quem é Reginaldo Tavares Silva. Quem foi. Porque Reginaldo Tavares Silva não existe mais. Só o seu nome.
Alguns anos depois.
Alguns anos depois. Eu apenas o acompanhava por notícias de parentes e amigos que mantinham contato pessoal com Reginaldo. Eu havia seguido por outros rumos. Mas estava sempre acompanhando os passos de Reginaldo, mesmo porque, a família dele era muito ligada a minha, seja por amizade, seja por amigos em comum, ou seja, até hoje ainda mantemos contatos por este tipo de línea, notícias esporádicas, aqui a cola. De repente batemos de cara com alguém, que há muito não víamos. Surge alguém que fala de um ser daquela família de Reginaldo. E assim, por este meio, estamos sempre sabendo de gente que a muito a gente não ver nem fala. Quem é vivo sempre aparece. Este tipo de coisa.
E foi em um destes encontros ocasionais, que ficamos sabendo do que havia acontecido com Reginaldo. Segundo ficamos sabendo, não difere do que esta acontecendo com os nossos adolescentes de hoje.
Reginaldo, tinha vários amigos. E , amizades, são amizades. O que é amizade afinal? Amizade. Em determinado estágio, é algo que merece um total retalhamento. Porque, nesta vida, não são os esperto que sobrevivem, mais os melhores em tudo. Visão, educação, bondade, respeito, dedicação, e principalmente os que não descuidam da fé. Nem que seja emprestada da mãe, ele precisa criar um escape para uma emergência que por ventura surgir. E se a Mãe também não possuir fé...Meu amigo, é melhor apelar para algum santo, naquela hora que todos sabem, vai chegar. Já ouviu falar de terremoto? Pois é, que nem terremoto. Um dia aquela assombração vai assombrar você, quando menos você espera.
Porque, espera um pouco. Viver sob o teto do mundo, não é assim tão fácil. Deixar-se ser levado pelas correntes fartas, para tudo quanto é direção, não entre nesta roubada. E uma destas correntes é, amizades degeneradas. Bebedeiras com amigos. Farras, noitadas, fartura de guloseimas, enfim...Meu
Deus, nem me fale. Isto me custou muitas amizades. Mas nunca abrir mão da minha paz. Hoje eu sei que estou colhendo os frutos que plantei. Estou feliz de estar levando uma vida tranquila para meu último abrigo.
Pois, esta assombração de que eu estou falando, bateu na porta do Reginaldo, quando ele tinha apenas 17 anos. E olha como as coisas são. O menino estava em paz, la em uma chácara com a mãe, pertinho de Minas Gerais. Curtindo uma tranquilidade, sol nascendo, sol se pondo, água fresca e tal...
Eis que surge o primeiro indício de que a vida dele iria mudar para sempre. Surge uma desgraça de amigo. Pois é. Sempre esta figura, amigo. E conversa vai, conversa vem. O dito cujo convence Reginaldo a voltar para o Penteado, uma bairro nada bom aqui de São Paulo. Pelo menos naquele especifico lugar do Penteado, é literalmente, a violência em pessoa.
Pois é. Reginaldo foi convencido a voltar para o Penteado. Seguiu o seu destino cruel. Chegando em sua casa. Ficou na companhia e vários amigos. Começou a rolar uma bebedinha. Um baseadinho maneiro. E...Reginaldo Tavares Silva já era, dentro do banheiro. Cheirou um pouco a mais do era para cheirar. De repente tudo começou a ferver. A sua carne bramia feito leão. E ninguém, nada segurou aquele leão enraivecido. Resultado final. Banheiro todo quebrado. E num canto, um corpo todo auto estraçalhado. E o mais triste. Reginaldo morreu sufocado com a sua própria língua enrolada dentro da sua guela. Porque, os babacas dos seus amigos, aqueles que foram buscar ele lá na sossegada vida que ele estava levando; nem para isto serviram, segurar a língua dele para não enrolar, enquanto a ambulância não chegasse. A ambulância até que chegou. Mais para levar uma cadáver.
Agora me diga. Tem alguma diferença, a morte deste jovem, com a morte dos jovens de hoje, que resolveram trilhar pelo mesmo caminho que um dia Reginaldo Tavares Silva trilhou?
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