Meu pai era um caçador nato. Estava dentro dele aquele primitivo gosto pela caça. Matar um animal silvestre, era sinônimo de carne na mesa, para ele.
E nada melhor do que se ter por aliado, um importante ser da natureza, a Caipora.
Meu pai acreditava piamente que levando um naco (pedaço) de fumo de rolo, e colocá-lo num toco de arvore na entrada da mata, isto faria com que sua caçada fosse bem sucedida. Pois segundo meu pai, a Caipora era uma espécime de guardião da floresta viciado em fumo de rolo, igual minha vó.
A caipora, ser praguento de baixa estatura. Um primo-irmão do saci-pereré. Um mulatinho de cachimbo na boca, olhos esbugalhado, que vive dentro das florestas, assombrando, espantando as caça do caçadores. Tem um assobio ensurdecedor. Várias vezes sentimos a presença da caipora, revolvendo o vento, quebrando galhos, tocando fogo nas matas, quando não recebia seu pedaço de fumo.
Em suma, a Caipora era, ao ver de meu pai, um ser infernal, por isto o temia de mais, principalmente suas pragas caiporice. E o seu lema era, nunca, nunca esquecer o naco de fumo da Caipora..
Receita de Pão-de-queijo.
Esta iguaria não é uma caipora; mais é uma tentação do paladar. Vive acabando com os relacionamento amigável entre o regime e a gula.
Ingredientes:
6 ovos.
2 xícaras de chá de polvilho azedo.
2 xícaras de chá de queijo ralado.
2 xícaras de água com sal.
2 xícaras de chá de manteiga derretida.
Modo de fazer:
Peneire o polvilho numa tigela.
Ferva a água com sal, juntamente com a margarina.
Despeje esta água fervendo sobre o polvilho, escaldando-o.
Deixe amornar.
Amasse bem com as mãos. Sovando bastante. Incorpore os ovos,
e por último o queijo ralado.
Faça os pãezinhos do seu jeito, e coloque para assar em forma untada com
farinha de trigo, em forno quente até dourar.
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