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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A maldade tem cara e coração.

Quando meus filhos eram pequenos. Principalmente minha duas moças. Eu tinha uma grande preocupação: identificar o ser maldoso. Eu sempre tive esta preocupação, quando eu ainda era solteira. E minhas filhas até nos dias de hoje, tem esta mesma preocupação. Algo assim natural, que esta incrustado em nosso coração, de uma maneira simples, nada de constrangedor, ou algo do tipo.

Morávamos na Lapa. Meu Deus. Muito embora a Lapa fosse um bairro top, de boa qualidade de vida,  bem localizado, boas escolas. Também tinha lá seus problema. Muitos bancos, ruas de muito comercio, lugar de pontos finais de ónibus, vindos de diferentes bairros, e até de outros municípios. E vai, que todo e qualquer tipo de criatura poderiam estar cruzando nossos caminhos. Era isto meu medo. Que minhas duas fofinhas fossem vítimas de gente de outros lugares, ou até mesmo da nossa localidade. Enfim, todas as vezes que elas estavam indo ou vindo da escola, era sempre a mesma ladainha.. Filhas, tomem cuidado. Não fale com estranhos. Fique de olho se vocês estão sendo seguidas...E peçam ajuda, se caso qualquer coisa vier acontecer.

Podem estar se questionando. Ta , mas se a senhora tinha tanto medo de que algo acontecesse as suas filhas, porque então, a senhora não as acompanhava até a escola, e as pegava também.

Certo, dentro da medida do possível, eu pegava meu filho menor, e todos íamos a escola, e também as buscávamos. O problema era que meu filho, as vezes estava meio adoentado, com indisposição de gente pequena, x fatores, quase todos eles atribuídos ao nosso pequeno. Antes de seguir contando esta foto:

- Olhem só o que certa vez aconteceu. Chegou a hora das meninas irem para escola. E olha que a escola era bem próxima, numa carreira só, virando umas duas esquinas, já estavam lá. O problema é que elas passavam perto da rua 12 de Outubro, na Lapa. E para quem não sabe, ou conhece, esta rua equivale uma rua 25 de Março. Muitas lojas, marreteiros aos montes, gente de todas as partes, fazendo compras nestas lojas, e muitos bancos; algo bem mesmo para tirar o sossego de qualquer mãe.  Complicado ter este tipo de rua nas proximidades da escola de um filho. Pois bem. Resolvi arriscar. Fui levar as duas na escola e não acordei o meu filho. Fazia pouco tempo que ele havia pegado no sono.  Fiquei com dó de acordá-lo. E, uma, se tivesse feito isso, conhecendo ele, não iria mesmo me acompanhar até a escola, nem a pau. Por isto e por muito mais, resolvi arriscar, e levei as meninas na escola. Isto quase vira caso de polícia.

 Sem nem ao menos entrar na escola, deixei as meninas na porta, as vi entrar, e voltei rapidamente. Correndo mesmo. A gente morava num prédio antigo. Sem porteiro. Mas bonito. Tinha dois quartos, sala cosinha. Coisa boa. Sempre gostei de morar em construções antigas, porque elas são mais caprichadas no tamanho. Pois bem, segundo andar. Dois apertamentos por andar...Gente, quando eu chego na minha rua, de cara percebi que algo de errado estava acontecendo no meu prédio. Primeiro que nada, ouvi os gritos desesperado do meu amado filho  - "Mãe. Quero minha Mãe. Mamãe. Eu quero minha mãe" E danava a chorar, num maior berreiro. Jesus, sai correndo. Vala me Deus, é agora que vou ser presa. E o povo estava começando a se aglomerar na calçada, olhando para aquele pobre menininho abandonado , chorando desesperado la na janela. Passei correndo que nem um vento do lado do povo, corri escada acima, coração na boca, abri a porta, e abracei meu filho chorando que nem uma louca. Filho, desculpa, desculpa a mamãe ta aqui. Pronto, ta tudo bem, vamos assistir um desenho. Quer que eu leia pra você o gibisinho da monica. Ele adorava os gibis da turma da monica. Que bonitinho. Ele havia arrastado uma cadeira para a janela da sala, e de sobre a cadeira, ele colocava a cabecinha para fora da janela. Nossa, me digam, foi a mão de Deus que segurou esta criança.  

Bem, ai esta uma pequena amostra, do quanto era as vezes difícil, tanto levar, como trazer minhas filhas da escola. Seguindo aquela linha de pensamento, de não falar com estranhos, ficar de olho se estão sendo seguidas...Uma vez as duas chegam correndo em casa, e falam: - Sabia mãe que uma mulher com cara de "raposa" disse para nós que conhecia a senhora, e queria que nós fosse com ela até a casa dela que era bem pertinho ali da rua. E a gente saiu correndo, porque a senhora disse que não era para gente falar com pessoas estranhas. E aquela mulher estava mentindo. A senhora não conhecia ela. Aquela cara de "raposa".

Elas me contaram mais ou menos esta história. Eu gelei por dentro. Mas, passei confiança as meninas, e apenas confirmei. É isto mesmo crianças. A mulher estava mesmo mentindo. Eu não conheço ninguém por aqui. E continuem assim, com bastante cuidado.

E outra vez, foi até engraçado, mais igualmente perigoso. Na verdade, foram duas situações indenticas. Um dia elas disseram que quando estavam caminhando de volta para casa, perceberam que tinha um homem as seguindo.  A mais velha, falou para a menor, que desconfiava que tinha um homem alto, moreno, seguindo elas. E disse para a outra. Olha, eu derrubo meus materiais no chão. Ai vamos pegar. E ai ele vai ter que passar por nós. Segundo elas, deu certo. O camarada passou, e elas saíram correndo em outra direção. Coisa simples, mas era uma maneira de estar sempre ouvindo o que de estranho ocorria no curto trajeto que elas faziam da escola para casa, e vice versa.
  

Esta outra história foi mais de risco. Elas começaram a serem seguidas por três moleques de rua. Meu Deus, estes carinhas são super perigosos. E eles e ela, pois na verdade era dois meninos e uma menina, começaram a rir delas, chamar elas de nomes feios, este tipo de coisa. E enquanto elas estavam naquela rua movimentada eles apenas a estavam amedrontando de longe. O problema, era que elas estavam próximo de entrar em outra mais deserta. Bolaram um plano em conjunto. Pararam um senhor que estava saindo de uma loja. E falaram rapidamente o que estava acontecendo. Graças a Deus que o Sr. as ajudou. Botou os camaradinhas para correrem. E elas seguiram correndo para casa rapidamente, pois já estavam bem perto de casa mesmo.


E vou ariscar a dizer. Criar filhos nestes tempos, esta muito mesmo difícil. Porque, vejam só, a mulher, na cara dura, chamar as meninas para irem na casa dela. Dizer que conhecia a mãe delas. Tudo era mentira. Sim, disse até que ia pagar um sorvetes para elas. É mesmo o fim do mundo. A maldade tem cara sim. Segundo minhas filhas, tinha cara de raposa. E se ela tem cara, também tem coração ruim.


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